O REFÚGIO SECRETO

com Elizabeth e John Sherril
<body> <table border="0" width="180" cellspacing="0" cellpadding="0"> <tr> <td width="180" align="left" colspan="2" valign="bottom"> <p style="margin-top: 0; margin-bottom: 0px"><font face="Montserrat" size="1">TÍTULO</font></td> </tr> <tr> <td width="180" align="left" colspan="2" valign="top"> <p style="margin-top: -2px; margin-bottom: 2px"><b> <font face="Montserrat" size="2">O REFÚGIO SECRETO</font></b></td> </tr> <tr> <td width="180" align="left" colspan="2"> <font face="Montserrat" size="1">AUTOR</font></td> </tr> <tr> <td width="180" align="left" colspan="2"> <p style="margin-top: -2px; margin-bottom: 2px"><b> <font face="Montserrat" size="2">CORRIE TEN BOOM</font></b></td> </tr> </table> </body>

Os ecos de uma guerra iminente entre as forças aliadas e a Alemanha Nazi, chegavam às terras baixas dos polders e das túlipas. Certa noite com os holandeses de ouvido colado na rádio, o primeiro-ministro assegurou que o país havia garantido a sua neutralidade no conflito, pelo que as nuvens negras da guerra não encobririam a nação. Cinco horas depois os bombardeiros da Luftwaffe avançaram e o ruído das sirenes fez-se ouvir nos canais de Amsterdão. E as primeiras bombas também.

ENTRE OS MILHÕES, incrédulos com o que estava a acontecer, numa típica casa do bairro de Haarlem estavam duas irmãs, Corrie e Betsie Ten Boom, filhas de um exímio mestre-relojoeiro, cujas vidas foram profundamente afetadas por estes acontecimentos.
A rua Barteljoris era um exemplo da pluralidade étnica e religiosa da cosmopolita Amsterdão. Cristãos, baptistas ou luteranos, judeus e anti-semitas, conviviam numa sã vizinhança, onde a amizade e entreajuda eram uma evidência. Até aquele dia!

O Refúgio Secreto conta uma história real, repleta de episódios demonstrativos da compaixão e amor reinantes no seio da família Ten Boom, enquanto esta usou a sua residência para albergar centenas de perseguidos pelas tropas ocupantes alemãs – maioritariamente judeus.
O livro conta ainda o terror do holocausto Nazi, que esta família vivenciou. O patriarca acabou sepultado de forma anónima, e Betsie sucumbiu ao tratamento desumano, perecendo no cativeiro do campo de concentração de Ravensbruck.
Mas, Cornélia sobreviveu. Sobreviveu para contar ao mundo os milagres que Deus fez ali. Até a emissão do seu próprio Certificado de Soltura terá ocorrido por erro administrativo pois na semana seguinte à sua libertação todas as colegas da sua idade foram exterminadas. Enquanto ali esteve, sujeita a condições desumanas e indignas, Corrie manteve a esperança e a fé em Deus, e serviu ainda de orientadora espiritual entre as reclusas.
Nesta obra, ficamos a saber como o arquiteto da resistência holandesa modificou o quarto de Corrie para, aproveitando o desnível existente nas traseiras do prédio, edificar uma parede falsa. Essa adaptação veio a permitir ali esconder temporariamente centenas de judeus que procuravam refúgio junto da família Ten Boom.
Corrie tornou-se uma “operacional” perspicaz, sendo mesmo apresentada como a “cabeça de uma grande organização” – um exagero segundo a autora, mas na verdade não se tratava apenas de dissimular um esconderijo. Corrie obtém cartões de racionamento, fundamentais para quem não tem identificação autorizada pelos alemães, e fala em código “relojoeiro” num telefone clandestino.
Como disse, “cada experiência que Deus nos concede, cada pessoa que passa pela nossa vida, faz parte da nossa preparação para um futuro que somente Ele vê”.


O REFÚGIO SECRETO, DE CORRIE TEN BOOM. PUBLICADO POR EDIÇÕES PÃO DIÁRIO, BRASIL
EDIÇÃO PORTUGUESA PUBLICADA POR NÚCLEO, QUELUZ (1982)