VALIOSA DÁDIVA DE DEUS
<body> <table border="0" width="180" cellspacing="0" cellpadding="0"> <tr> <td width="180" align="left" colspan="2" valign="bottom"> <p style="margin-top: 0; margin-bottom: 0px"><font face="Montserrat" size="1">TÍTULO</font></td> </tr> <tr> <td width="180" align="left" colspan="2" valign="top"> <p style="margin-top: -2px; margin-bottom: 2px"><b> <font face="Montserrat" size="2">ONDE ESTÁ DEUS QUANDO CHEGA A DOR?</font></b></td> </tr> <tr> <td width="180" align="left" colspan="2"> <font face="Montserrat" size="1">AUTOR</font></td> </tr> <tr> <td width="180" align="left" colspan="2"> <p style="margin-top: -2px; margin-bottom: 2px"><b> <font face="Montserrat" size="2">PHILIP YANCEY</font></b></td> </tr></table> </body>

Tendo convivido com pessoas singulares, como o cirurgião missionário Paul Brand, figura proeminente na pesquisa e tratamento de doentes leprosos, Philip Yancey versa sobre o tema do sofrimento e da dor de uma forma original, com o testemunho de alguém que defende a existência da dor como sendo manifestação de Deus. Algo que funciona como o “Megafone de Deus”. 

Quando sofremos seriamente de dor física, devido a doença excruciante ou por acidente, buscamos alívio na medicina, através de medicamentos, fisioterapia, cirurgia. Mas, o que fazer quando isso não é suficiente, ou os efeitos não são visíveis e a recuperação degenera num longo calvário, até que a dor passe de vez?

Podemos aprender a lidar com a dor aproveitando a realidade dolorosa de conviver com ela no dia-a-dia, se soubermos que necessitamos dela na nossa vida. Que se trata de uma dádiva e não um castigo. Philip Yancey é, provavelmente, o autor cristão que mais se tem dedicado a estudar esta problemática, procurando auxiliar os seus leitores a melhor enfrentar esse “inferno indolor” que chega a ser o sofrimento físico.

Sabia que temos sensores de dor, espalhados pelo nosso corpo, embora com níveis muito distintos de sensibilidade? Por exemplo, a ponta da língua é 100 vezes mais sensível do que a sola do pé, e a córnea é 1.500 vezes do que a ponta do dedo! No entanto, a nível interno, nem todos os órgãos dispõem deste tipo de sensores, e havendo aí motivo para “alarme”, órgãos vizinhos enviam um alerta ao cérebro a respeito da lesão sofrida, o que por vezes pode constituir um diagnóstico desconcertante. Se uma lesão no pescoço, ou problemas no baço, despoletarem dor no ombro ou braço esquerdo, o médico enfrenta um dilema.

Yancey considera que a “dor não é um erro de Deus, tão pouco uma planificação desacertada. Pelo contrário, revela um projeto maravilhoso que serve muito bem o nosso corpo. Pode-se argumentar que a dor é tão essencial ao funcionamento normal da vida como o sentido da visão ou até mesmo a boa circulação do sangue. […] se não houvesse dor, a nossa vida estaria cheia de perigos e privada de usufruir muitos prazeres básicos.”

O Dr. Paul Brand considera a dor como uma dádiva, decorrente da experiência adquirida com leprosos. Ele descobriu que os pacientes de lepra têm um deficiente “sistema identificador” de dor. No fundo, a falta de sensibilidade à dor provoca nos leprosos a destruição dos seus tecidos, pois não identificam o calor de uma placa de fogão ou o corte num vidro. Também outras enfermidades, como a diabetes, podem reduzir os sensores de dor ou aumentar a dormência.

Como C.S. Lewis apelidou de “megafone”, ao grito de Deus para nos despertar, alertar, será essa a forma que Deus usa para, fisicamente, avisar o nosso cérebro de que algo vital foi atingido, ou colapsou. O que seria de nós sem esse “despertador”?

Tal como Yancey faz questão de salientar, na Bíblia, existem frequentes situações de advertência sobre as consequências dolorosas de comportamentos desviantes, mas também é verdade que há uma grande diferença entre sofrimento, devido a um acidente ou um cancro, e o “sofrimento punitivo” descrito no Antigo Testamento. E sustenta que na Bíblia se encontram histórias de sofrimento que não são de castigo divino.

O autor desmistifica a associação de sofrimento físico a um ato deliberado de Deus, e tenta ajudar ao entendimento do leitor, com inúmeros testemunhos de superação, em como Deus usa a dor para nos ensinar, desenvolver e revivificar.

Guia de Estudo: com dicas e orientações muito pertinentes, o autor, acrescenta um guia para que, individualmente, a dois, ou em grupo, se possa dedicar a um estudo aprofundado do livro e desta temática que a todos, direta ou indiretamente, atinge, de forma mais ou menos… dolorosa.