No livro Um homem chamado Jesus, o conhecido autor de Deixados
Para Trás, Tim La Haye, faz uma retrospetiva profunda sobre o impacto
que, não só a vida e morte de Jesus, mas especialmente a Sua ressurreição
tem tido sobre todos os que creem.
A execução de Cristo pode ser considerada uma trágica conduta ilegal da justiça, mas quando incluímos a ressurreição, a mensagem da cruz transforma-se em gloriosa vitória. A ressurreição de Jesus é que dá poder à cruz e prova a confiabilidade do cristianismo. Como disse Napoleão, “para fundar uma religião há que morrer na cruz e ressuscitar ao terceiro dia”.
Jesus ressuscitou fisicamente e não em espírito. Um espírito não anda, fala, e come, como Jesus o fez com os dois discípulos na estrada de Emaús, tendo-lhes instado “… porque sobram dúvidas em vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés. Que sou eu mesmo: apalpai-me e verificai porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho”.
Pode-se dizer que o verdadeiro cristão crê “na morte de Cristo pelos nossos pecados, no sepultamento do seu corpo num sepulcro, e na sua ressurreição corpórea (…) nenhuma pessoa que se recusa a crer na ressurreição de Cristo pode ser salva”.
A ressurreição confirmou as suas profecias, bem como dos profetas dos Antigo Testamento, sendo a mensagem central da igreja do primeiro século, e confortando os seguidores de Jesus nos séculos posteriores, culminando na adoção do cristianismo como religião predominante do Império Romano, no séc. IV. Foi a doutrina essencial dos reformadores protestantes, sendo fulcral na mensagem que as igrejas com base bíblica hoje pregam.
“… ressurgir de entre os mortos é o que garante a autenticidade de tudo o resto.”
Um destacado racionalista, Dr. Charles Guignebert, que (pasme-se!) foi professor de História do Cristianismo, na Sorbonne, e que rejeitava absolutamente a ressurreição de Cristo, e os seus milagres do Novo Testamento, acabou reconhecendo que “não haveria cristianismo se a crença na ressurreição não tivesse sido estabelecida (…) através dessa crença, a fé em Jesus e na sua missão tornou-se o elemento fundamental de uma nova religião que (…) partiu para conquistar o mundo.
A fé cristã assenta em doutrinas que dependem na ressurreição física de Jesus. A salvação pela fé, a (nossa) justificação, a própria ressurreição dos que creem, ou a promessa da segunda vinda de Cristo, são evidências disso. Por isso as igrejas que se cingem a apresentar a ressurreição durante a Páscoa, esquecendo-a no resto do ano, acabam pregando o Evangelho apenas pela metade.
Assim, cada convertido é uma “nova criatura em Cristo”, e recebe Cristo como seu Senhor e Salvador, acreditando na ressurreição, e experimentando “o poder da ressurreição” que o capacita a viver uma plena vida cristã.