NOS 500 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE
Certamente, a pena usada por Tiago Cavaco não tem poderes sobrenaturais, conferindo aos seus textos os condimentos únicos que tornam cativante a sua escrita. Neste livro, recria-se na arte de domar as suas convicções, qual domador de leões, quando transpostas para o papel em provocadoras, mas divertidas, “dentadas” instigadoras da reflexão em torno de Martinho Lutero: “Maldade”, “Miudagem” e “Música”.
Pretende que o livro seja uma apologia de Lutero, enfatizando que “precisa de estar mais vivo entre nós porque nós ficamos mais vivos quando o lemos”, usando as “dentadas” como metáforas para expor as distintas, e por vezes, deturpadas, leituras que são feitas a partir do seu legado. Longe de elogios oportunistas e descontextualizados, ao seu estilo, o autor demonstra porque é já uma voz incontornável no confronto de
ideias da sociedade portuguesa atual.